sábado, 15 de agosto de 2009

Ela subia, subia e subia. Degrau por degrau. Às vezes subia a cada dois, três e até quatro. Às vezes ela descia. Às vezes caía e se machucava, mas nem por isso parava. É preciso cair para aprender a se levantar.

A escada era reta e longa. Isso era. Mas parecia um labirinto. Vários outros caminhos se estendiam a frente dela. Bifurcações, trifurcações, não importa, eram tantos que fazia a pobre escada, antes tão reta e cheia de certeza, parecer um caminho cheio de armadilhas e dúvidas.

Às vezes ela errava o caminho. Às vezes ela acertava. Às vezes saía machucada. Às vezes saía curada. Às vezes era tudo isso junto.

E durante todo o seu trajeto, ela encontrava pessoas de todo o tipo. Algumas ajudavam ela. Outras atrapalhavam. Tinha também aqueles que faziam ela chorar. E aqueles que faziam ela rir.

Mas, é claro, dentre todas elas, ela conhecera uma especial. É bom ter alguém para caminhar com você lado a lado.

Porém, às vezes perdemos as pessoas de vista. Assim como ela perdeu.

E por mais que ela descesse e subisse a escada, ou que vasculhasse cada canto e percorresse trajetos assustadores sozinha, ela não conseguia encontrá-lo. Até hoje não o encontrou.








É triste perder as pessoas de vista.

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