Já conheci muitas Marias na minha vida. Marias bonitas, Marias feias, Marias simpáticas, Marias fofoqueiras, Marias chatas.
Mas nunca conheci uma Maria tão diferente na minha vida como a Maria Ilusão.
Isso mesmo, Maria Ilusão. É um nome, não um apelido. Idéia da mãe. Aliás, mãe sempre têm idéias diferentes.
Maria Ilusão, diferentemente do nome, não é nem um pouco iludida e nem acredita em tal coisa. Ela é totalmente o oposto. Alegre, simpática, feliz e muito engraçada.
Confesso que, quando a conheci, tive um pré conceito sobre ela. Mas quando a mesma abriu a boca, mudei de opinião rapidamente.
Surpreso, perguntei se ela não se incomodava com seu nome. Ela soltou um "Não.", como se há tempos a resposta estivesse na ponta da língua. Talvez fosse verdade. As pessoas devem ter perguntado a ela a mesma coisa durente toda a sua vida.
Mas Maria não se abala por carregar um nome tão diferente e supostamente auto descritivo. Ela consegue mostrar às pessoas que o que importa não é um nome, e sim, sua essência. Algo incrível, por sinal.
E quando perguntei o que ela achava da tal da ilusão, disse-me que não ignora sua existência. Apenas não se deixa levar.
Ilusão, além de ser uma palavra extremamente perigosa e manipuladora, só possui significados ruins. Significados porque as pessoas interpretam de diversas formas.
Maria Ilusão interpreta de seu jeito. Tem a sua visão. Por vezes se pega pensando no assunto. Mas não deixa de acreditar na verdade. Um palavra mais bonita, com significados suaves.
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