sábado, 15 de agosto de 2009


Naquela época, eu era apaixonada por olhos. Olhos de todos os tipos e colorações.


Não importava o ambiente, eu sempre observava as pessoas com atenção, a fim de descobrir se existia algo além de seus olhos.


"Esse é fundo e bonito. Já aquele ali é raso e escasso. Aquele lá é perigoso. O dele é psicodélico.", e por aí ia minhas conclusões.


Em uma de minhas "caçadas", por assim se dizer, encontrei uma especial.


Eles se destacavam no meio dos demais. Será que havia alguma espécie de feitiço neles? Parecia que os olhos se mexiam. Parecia asas de uma borboleta: bem delicado e em câmera lenta.


Me perguntei diversas vezes o que havia dentro deles. Até que, certa vez, alguém comentou que os olhos são as janelas de nossas almas.



Concluí então que a alma dele era extremamente livre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário