sábado, 15 de agosto de 2009


Uma trilha linda se estendia à minha frente. Era muito, muito graciosa, feita de paralelepípedos rosas em formato de coração. Eles piscavam delicadamente, assim como os vagalumes. Ao lado esquerdo, havia girassóis amarelos vivos. Ao lado direito, oh!, girassóis rosa chá! Eles não eram simples girassóis, por sinal. Possuiam feições.


Virei-me para observá-los. Feito isso, eles levaram as folhas, que eram suas mãos, ao encontro de seus rostos, que estavam na coloração de um vermelho claro, quase um salmão. Eles balançavam-se de um lado para o outro, com toda a graça que existe neste mundo.


Sem perceber, eu estava sorrindo. E sem perceber, eu aproximei minha mão do caule de um dos girassóis amarelos. Parei para ver se ele percebera, mas ele estava ocupado demais balançando-se de um lado para o outro. Então eu prossegui, fazendo cócegas nele.


Ele soltou uma risada maravilhosa. Os outros girassóis observavam o que estava acontecendo, e segundos depois, também estavam gargalhando. Formou-se um coro lindo, lindo. Acabei participando também: era irresistível. Só depois percebi que suas pétalas brilhavam! Ficou igualmente lindo com o brilho dos paralelepípedos.


Quando eu comecei a caminhar para frente, os inúmeros girassóis inclinavam suas cabeças até encostarem em meu rosto. Um gesto de carinho, muito bonito por sinal.


Desejei que aquela trilha maravilhosa não terminasse nunca. Os girassóis possuem algo de extraordinário.



Abri os olhos. Fiquei triste por ser apenas um sonho.



Ou não. Cheirei meu pulso, ele estava com o aroma dos girassóis. Sorri.

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