domingo, 27 de novembro de 2011

"- Conte-me uma história - pediu Maya, com seus olhos azuis se tornando mais azuis do que o céu.
 - Uma história? - espantei-me um pouco. - Aqui? Agora?
 - Por que não? - replicou com um ar sério. - Haveria um momento especial para as histórias?
Eu podia responder que sim, há um momento para as histórias que se revelam e um outro para as que ficam abafadas na sombra; um tempo para as lágrimas e um outro para as cantorias, embora as lágrimas possam se deslocar para as cantorias.
 - Uma lembrança serviria?
 - No lugar da história?
 - Por que não?
 - Prefiro as histórias. As lembranças muitas vezes são tristes.
 - E as histórias, não?"

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