domingo, 2 de outubro de 2011

Nos teus "Noturnos", trêmulo, perpassa,
Como um lamento a ecoar por horas mortas.
Vindo, talvez, de um cárcere sem portas,
Um vasto miserere de uma raça.

O martírio da Pátria se entrelaça
Ao mal da vida, rude, que suportas;
E quando, elo gênio à glória aportas,
É uma ronda de lágrimas, que passa.

Os teus acordes lembram agonias,
Como o luto violáceo das olheiras
Recordam pranto, evocam funerais;
Ressoam, mesmo no antro de almas frias,
Relembrando em crepúsculos, nas eiras,
Horas profundas que não voltam mais."



(sobre chopin e sua essência na música e, por que não, sua genialidade)

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