sábado, 28 de abril de 2012

Vi teu rosto luminoso
inclinar-se em meu silêncio
Mas disseram ser a Lua,
prismas de estrelas, areia,
marinha fosforescência...

          E tua voz me falava
          em grandes raios profusos.
          Mas diziam ser o vento,
          o outono pelas ramagens,
          o idioma cego dos Búzios...

E andei contigo em minha alma,
como os reis levam coroas,
e as mães carregam seus filhos
e o mar seu movimento
e a floresta seus aromas.

Diziam que era da noite,
da miragem dos desejos...


          Hei de banhar os meus olhos
          nas mil ribeiras da aurora,
          para ver se ainda te vejo.


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